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Homenagem Luva

Essa semana está sendo uma das piores da minha vida, nunca pensei que passaria por mais uma perda. Minha cachorra, a Luva, faleceu inesperadamente.

Estou arrasada, porque ela estava bem domingo, só um pouco abatida, mas ela era tão forte que NUNCA imaginei que fosse algo grave. Segunda pela manhã ela não mexia as patas traseiras, levei ela no veterinário, fizemos vários exames e descobrimos que um disco da coluna estava totalmente desgastado. Na terça levamos ela no especialista e era mais grave do que imaginávamos, o disco desgastou e as vértebras romperam a medula, ela estava com hemorragia já. Sem nenhuma sensibilidade nas patas de trás e já não conseguindo se apoiar com as da frente, nenhuma cirurgia faria ela voltar a ser o que era antes.  Isso de um dia para outro, foi um choque para mim e para minha mãe. Provavelmente ela já vinha sentindo alguma dor, mas nunca tinha demonstrado nada. 
Não podíamos deixar ela sofrer, por isso tomamos a decisão de deixá-la descansar. Acho que não existe nenhuma palavra para descrever o sentimento de perda, de vazio, de saudade. Ela deixou o Scooby e vê-lo sozinho agora me angustia muito, não sei se ele aguentaria ficar só no sítio, é muito triste. Preciso ser forte por ele, meu anjinho.

Essa semana é dela e todas as fotos do mundo que eu tiver são para eu me lembrar da minha princesa.












Minha mãe escreveu um texto tão lindo que resolvi compartilhar em homenagem a ela:

Preciso dividir minha dor para que ela pareça menor, talvez assim, eu consiga suportar...

Era noite de natal. Mesas fartas, luzes acesas, todos falando ao mesmo tempo, quando surgiu ao longe aquela que seria a minha “luvinha”. Muito desajeitada, feinha e magra, era uma cachorrinha que havia conseguido soltar-se de um saco de lixo no qual fora posta na beira da estrada. Chegou assustada, desconfiada e temerosa das pessoas que ali estavam. Escondeu-se no mato, mas não resistiu ao cheiro da refeição oferecida. Assim, começou nossa amizade, nosso primeiro contato, nosso primeiro olhar. Foram muitos os dias que se seguiram neste esconde- esconde, até que notei suas patas branquinhas como se estivesse usando luvas, daí a batizei de “luva”.
 Nosso início foi bem difícil, ambas tinham medo de se aproximar porque não sabiam o que fazer com o sentimento que crescia. Os laços foram se estreitando e a “luvinha” ganhou o coração da casa e o lugar de princesa, com direito a sofá, edredom e galinha (seu prato preferido). O tempo foi passando e ela mostrava-se cada vez mais livre e feliz, sua lealdade era imensurável e seu amor, incondicional. Num belo dia ela trouxe um marido para casa e os dois passavam o dia inteiro brincando e correndo livre pelo mato. Passaram a ser o símbolo da felicidade, da união perfeita, a alegria da casa e a razão de ser do sitio no qual moravam. Quatro anos depois de intenso amor e alegria, a minha luvinha, pela primeira vez, ficou quieta, escondeu-se no meio de um canteiro de flores para não mostrar sua dor. Ao amanhecer não conseguia mais andar, não sentia mais as pernas, iniciava, então, o meu desespero. Vinte e quatro horas depois ela estava morta.
Não consigo entender por quê? Porque minha amada amiga me deixou deste modo tão cruel.  Olho ao redor e sinto sua presença na casa, no mato, no vento que sopra, sinto o seu espirito livre e solto correndo.  Fecho os olhos e vejo o seu olhar meigo e sinto falta do seu amor fiel, protetor e amigo. Sinto falta da minha “Luvinha”.... "
Saudade sempre!

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